Queima-roupa

Oitavo advogado é assassinado em São Paulo este ano

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5 de agosto de 2004, 20h14

O advogado César Augusto Galvão, de 24 anos, foi assassinado com um tiro nesta quarta-feira (4/8) em seu escritório em Osasco, município da grande São Paulo. Essa é a oitava vez que um profissional é morto este ano.

Segundo seu irmão Luiz Henrique Galvão, ele foi morto por um rapaz jovem, que se passou por cliente interessado em resolver uma causa trabalhista.

Galvão foi alvejado com um tiro no rosto e chegou a ser socorrido pela Polícia Militar, mas não resistiu. O enterro foi nesta quinta, às 14 horas, no Cemitério Municipal de Barueri.

Com o crime, o presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D´Urso, decidiu criar uma Comissão para analisar os casos e acompanhar os inquéritos policiais de todos os advogados no estado de São Paulo.

“É inadmissível que tenhamos uma estatística de assassinatos de advogados em 2004, que atinge a média de um crime por mês e faça vítimas tão jovens, em início de carreira, como Galvão”, disse D´Urso.

O presidente da OAB-SP entrou em contato com o secretário de segurança pública adjunto, Marcelo Martins de Oliveira, exigindo uma severa investigação do caso e rapidez na identificação do autor ou autores de mais este crime.

D’Urso quer que a Comissão aponte se os assassinatos possuem pontos em comum e em que medida eles estão ligados ao exercício profissional.

Neste ano, foram assassinados os advogados: Claudio Delmolin Oliveira, em julho, na cidade de Santo André, e seu sócio Ivan Rosa Ruiz, em junho, na mesma cidade; Dorgival Rodrigues dos Santos, em Paulínia, também no mês de junho; Walter de Carvalho, em Santos, e Silvana Barbosa de Carvalho, em São Paulo, em maio; Maria Luiza Machado, em fevereiro, na capital, e José Henrique de Lima, em Ferraz de Vasconcelos, em janeiro.

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