2/3/2002

Primeira Leitura: PFL pode ficar fora da coalizão situacionista.

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2 de março de 2002, 16h41

Pressa

O PMDB quer apressar o acordo com os tucanos do candidato José Serra (SP) e fechar logo a aliança para a Presidência da República. Reunida na casa do ministro da Integração Nacional, Ney Suassuna, depois que o TSE vinculou as coligações partidárias estaduais à federal, a cúpula do PMDB concluiu que a candidatura Serra “ganhará força” por sua “maior estruturação” nos Estados.

Sem fôlego

Na avaliação feita na reunião de quarta, na casa de Suassuna, os peemedebistas ressaltaram o fato de que o PFL, até agora, tem apenas seis candidatos próprios para governador.

Recurso

No Palácio da Alvorada, em conversa com Fernando Henrique Cardoso, os deputados do PMDB baiano Geddel Vieira Lima, líder na Câmara, e Benito Gama pediram a intercessão do presidente para que o PSDB e o PMDB não esperem mais pelo PFL para fechar a aliança eleitoral.

Centralismo democrático

A cúpula do PMDB demonstrou disposição, também, de anular de vez o movimento interno de oposição à aliança com os tucanos. Na quinta, o deputado federal Michel Temer (SP), presidente do partido, entrou com uma medida cautelar no TSE pedindo a suspensão da convenção extraordinária que os dissidentes, liderados pelo governador Itamar Franco (MG) e pelo cacique paulista Orestes Quércia (SP), marcaram para amanhã.

Alívio

A polêmica sobre as coligações verticais deu um fôlego ao PT. O clima na campanha de Lula estava ficando insuportável diante das críticas à costura da aliança PT-PL e da queda do candidato nas pesquisas. A decisão do TSE acabou centralizando a atenção da mídia.

À flor da pele

Em uma recente reunião de Lula com a Pastoral Operária, no Sindicato dos Químicos, em São Paulo, a temperatura se elevou. Lá pelas tantas, um dos líderes confrontou o presidenciável, dizendo que ele não liderava mais os trabalhadores. No bate-boca que se seguiu, o candidato ameaçou renunciar.

Governo paralelo

Logo depois dos atentados de 11 de setembro, o presidente dos EUA, George W. Bush, colocou um grupo de cem funcionários para viver e trabalhar em um local secreto, como forma de garantir a continuidade da administração federal em caso de ataque terrorista com arma nuclear contra Washington. A existência do plano foi revelada ontem pelo jornal The Washington Post.

Propaganda

Ter um “plano B” para assegurar a governabilidade em situações extremas não é novidade nos países de alguma importância. Que essa providência, no caso dos EUA, tenha vazado dessa forma empresta a uma rotina de segurança um caráter de propaganda – a Casa Branca na “luta contra o mal”.

Assim falou… um aluno do ensino médio

“O que é de interesse de todos nem sempre interessa a ninguém.”

De um estudante avaliado pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), em frases recolhidas por professores que corrigiram as provas. O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, lamentou o nível das redações.

História em números

Pela primeira vez desde que Ariel Sharon assumiu o governo, há cerca de um ano, a maioria dos israelenses (53%) reprova o desempenho do premiê de Israel. Segundo pesquisa publicada ontem pelo jornal Ma’ariv, 61% se dizem insatisfeitos com os esforços de Sharon para garantir a segurança da população. Desde setembro de 2000, quando começou a atual intifada, cerca de 300 israelenses morreram vítimas do conflito com palestinos. Entre os palestinos, o número de vítimas passou de mil.

Revista Consultor Jurídico, 2 de março de 2002.

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