Troféu Caroço

Justiça rejeita queixa-crime de advogado de Nicolau contra Galisteu

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26 de junho de 2002, 17h08

A 17ª Vara Criminal de São Paulo rejeitou queixa-crime ajuizada pelo advogado Alberto Zacharias Toron contra a apresentadora Adriane Galisteu. O advogado disse que se sentiu ofendido porque concorreu ao “Troféu Caroço” durante um dos programas “É Show”, da TV Record. Toron não foi o vencedor. Na ocasião, o público escolheu a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como merecedora do troféu.

Mesmo assim recorreu à Justiça. “Afinal caroço como se sabe é aquela parte da fruta que não se engole, cospe-se”, alegou na petição inicial. A Justiça considerou que a apresentadora fez apenas uma brincadeira. Toron disse que ainda está analisando se recorrerá da decisão no Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo.

Os nomes indicados pela apresentadora para concorrer ao troféu foram: coronel Ubiratan, CBF, secretário de Estado da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa e o advogado Alberto Toron.

De acordo com o advogado da apresentadora, Renato Gugliano Herani, do escritório Advocacia Benaglia Munhoz S/C, as indicações foram feitas de acordo com os assuntos controvertidos do momento. No ano passado, quando o quadro foi ao ar, todos os personagens indicados fizeram parte dos noticiários por algum motivo.

Houve o julgamento e a condenação do coronel Ubiratan por causa do massacre dos 111 presos do Carandiru. O nome de Furukawa foi indicado em um momento em que se discutia o sistema penitenciário. A CBF ocupava as primeiras páginas dos jornais devido aos escândalos do futebol. E Toron representava o juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto, que está preso por causa do desvio de verba do TRT de São Paulo.

A Justiça acatou parecer do Ministério Público que opinou contra a queixa-crime.

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