Segurança máxima

Candidato do PST ao governo de SP propõe polícia de fronteira

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4 de junho de 2002, 19h38

O candidato do PST ao governo de São Paulo, Fernando Fantauzzi, afirma que, se eleito, em 10 meses de governo diminuirá 50% da criminalidade no Estado. Uma das medidas para atingir esse objetivo é a implantação da “polícia de fronteira”. O candidato apresentou suas propostas aos jornalistas, nesta terça-feira (4/6), no hotel Maksoud Plaza.

A polícia de fronteira atuaria nos limites do Estado e atuaria, eventualmente, com o concurso das Forças Armadas. Para o candidato, a fiscalização policial impediria a fuga de criminosos, a evasão de produtos roubados e o ingresso de bandidos de outros Estados. Fantauzzi acredita que São Paulo tornou-se um lugar para desovas e para o cárcere de vítimas de seqüestros feitos em outras regiões.

O candidato citou o caso do cantor Belo, acusado de envolvimento com o tráfico de entorpecentes, que mora no Rio de Janeiro e ao ter sua prisão preventiva decretada, viajou para São Paulo. Segundo Fantauzzi, isso acontece porque os acusados vêem São Paulo como uma praça de impunidade.

Fantauzzi afirmou que pode vir a apoiar o aumento da pena máxima de trinta anos ou, pelo menos, a extinção da progressão de regime penal, que permite a soltura dos condenados em prazo bem inferior ao da condenação original. Defendeu também a construção de ilhas-presídios para os criminosos mais perigosos. A fórmula, defendeu, impossibilitaria a fuga subterrânea e dificultaria o resgate aéreo. O candidato afirmou considerar a possibilidade de privatização do sistema penitenciário.

Fantauzzi foi delegado de polícia em São Paulo durante 13 anos, secretário municipal do planejamento no rápido governo de Régis de Oliveira; assessor do ministro Paulo Renato, quando secretário da Educação do Estado de São Paulo, no governo Montoro; e assessor especial de Fleury Filho e Mariz de Oliveira quando secretários de Segurança Pública do Estado de São Paulo.

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