Malásia quer permitir a pirataria de software para fins educacionais
29 de julho de 2002, 16h50
O ministro do comércio doméstico e assuntos do consumidor da Malásia está considerando a possibilidade de permitir que as escolas e as organizações sociais utilizem softwares piratas com finalidades educacionais.
O ministro Tan Sri Muhyiddin Yassin disse que a isenção para tais instituições e organizações serviria para incentivar o uso entre os malásios, e para aumentar a velocidade de aprendizado entre os estudantes.
Entretanto, o ministro enfatizou que outros setores, em especial o setor comercial, como companhias e fábricas, serão multados caso estejam utilizando programas ilegais. “Nós estamos preocupados com a venda e com a utilização excessiva de programas pirateados no país, e continuaremos a conduzir incursões para coibí-las.”
“Mas para finalidades educacionais e para incentivar o uso do computador, nós poderemos considerar a permissão para que escolas e organizações sociais utilizem softwares pirateados”, disse o ministro após ter aberto uma competição nacional do dia da poesia e da leitura, na cidade de Pagoh, no dia 27/7.
Muhyiddin disse que o ministério irá realizar em breve outra busca, juntamente com a Business Software Alliance, para verificar a situação do uso ilegal de softwares piratas no país. A primeira dessas operações, realizada dois anos atrás, obteve êxito em multar diversas lojas e empresas que usavam tais softwares, contou.
O político malásio acrescentou que houve uma redução no número de usuários de softwares piratas, de 70% para 60%, e o ministério espera que as futuras operações reduzam ainda mais essa estatística. Embora a diminuição de 10% em dois anos pareça pequena, Muhyiddin disse que, em comparação com Hong Kong, Singapura e Japão, o número de usuários de programas piratas na Malásia é “pequeno”.
Finalizou dizendo que não é fácil coibir tal pirataria, e que a indústria do software apontou que o problema é mais acentuado nos Estados Unidos.
Fonte: Hamdan Raja Abdullah, para o The Star Online de 28/7.
Veja também:
‘Uma só alteração na lei e a pirataria seria coibida’ (27/6/02)
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