Grampo na política

Agente revela de onde são feitas as escutas do PT em São Paulo

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4 de julho de 2002, 11h30

As escutas feitas em telefones de integrantes do Partido dos Trabalhadores pela Abin e pela Polícia Federal ocorrem por meio de um aparelho contrabandeado que custa cerca de US$ 20 mil. O aparelho teria a capacidade de grampear 10 telefones de uma única vez. Também mostra em que cidade está o usuário por meio do código telefônico.

Na semana passada, o deputado Pedro Pedrossian (MS) teria dito para um agente que tem um aparelho desse. Com o dispositivo, o deputado teria grampeado seu adversário, o governador Zeca do PT. De acordo com o agente, o deputado comentou aos risos que “com um aparelho como esse, se pode até matar alguém” já que ele facilita a localização da “vítima”.

As escutas têm sido feitas também pelo delegado José Massillon Bernardes, segundo o agente. O delegado era do Dops e foi integrado na Polícia Civil por Romeu Tuma. Destacou-se nos anos 85, 86, 87 e 88 por ter estourado a máfia de fraudadores do INPS, então encabeçada por Milton Camanho Milréu.

De acordo com a fonte, as escutas estariam sendo feitas em dois andares do antigo prédio do Deic, da Polícia Civil, no centro de São Paulo. A escuta estaria instalada no sétimo andar (Deic) e no sexto (Denarc).

O Ministério Público afirmou que “os elementos existentes indicavam a possível ocorrência de desvio ou abuso praticado pela PF”.

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