Concurso eleitoral

Bolívar Lamounier analisa vantagem de Roseana Sarney

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23 de fevereiro de 2002, 13h20

As pesquisas, em vias de divulgação, que indicam o crescimento continuado de Roseana Sarney na preferência do eleitorado expressam uma tendência, na opinião do cientista político Bolívar Lamounier.

Para o diretor de Pesquisas do Instituto de Estudos Econômicos, Sociais e Políticos de São Paulo (Idesp), essa tendência momentânea espelha não apenas os méritos da candidata, mas também o desgaste do candidato do PT, Luís Ignácio Lula da Silva e a dificuldade do tucano José Serra.

“Lula perde terreno nas pesquisas e enfrenta resistência entre os radicais de seu próprio partido, em sua tentativa de formar aliança com o PL, para ter o apoio dos evangélicos e do senador José Alencar”, constata Lamounier.

Sobre a situação de Serra, Lamounier, que é autor de diversos trabalhos sobre o comportamento eleitoral dos brasileiros afirma que o candidato preferido de Fernando Henrique Cardoso “parece ainda longe de empolgar”.

Em sua percepção, a decolagem do candidato do PSDB vai depender da sua capacidade de passar à população os seus méritos somada a algum desgaste que possa frear a sua principal adversária no momento.

“Há uma evidente distância entre, de um lado, os méritos que praticamente todos reconhecem em Serra como economista, senador e ministro, e, de outro, seus índices nas pesquisas”, afirma Lamounier. Esses índices, há tempos, giram entre 5 e 10%. “Só quando (ou só se) ele ultrapassar sensivelmente essa marca, e de preferência se isso ocorrer simultaneamente com algum desgaste de Roseana, é que o quadro vai se alterar de verdade”.

Veja o cenário das pesquisas referido nesta entrevista.

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