PFL ganha terreno

Roseana empata com Lula nas preferências dos eleitores

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22 de fevereiro de 2002, 19h18

As possibilidades de uma composição favorável ao candidato José Serra, nas bases de apoio ao governo, estão virtualmente bloqueadas. Pelo menos por enquanto. As últimas pesquisas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que devem ser divulgadas nos próximos dias, revelam que Roseana Sarney, do PFL, empatou com Lula, do PT, na preferência do eleitorado.

Pelo levantamento atribuído ao Instituto DataFolha, os dois candidatos já estão equilibrados nas intenções de voto colhidas este mês. Esse equilíbrio se daria em torno dos 26%. Haveria uma pequena vantagem do candidato do PT, mas dentro da faixa de erro técnico que permite considerá-los empatados. O tucano José Serra experimentou uma ligeira elevação, chegando à casa dos 10%. A pesquisa será divulgada pela Folha de S.Paulo neste domingo.

Outro levantamento, este produzido por encomenda da Confederação Nacional dos Transportes ao Instituto Census, Roseana já teria passado a encabeçar as preferências dos brasileiros. Também nessa pesquisa Serra teria chegado aos 10%.

Em um dos cenários esboçados, a diferença seria inferior a quatro pontos a favor de Lula. O pré-candidato do PSB, Anthony Garotinho, por sua vez, manteria o terceiro lugar, mas com José Serra nos seus calcanhares.

A prosseguirem as tendências – de ascensão da pefelista e declínio do petista – o que se prevê é óbvio favoritismo da governadora do Maranhão. É sintomático também que o candidato governista, apesar da ampla visibilidade proporcionada pelo noticiário favorável recente tenha crescido tão pouco.

Dentro dessa perspectiva, uma das cogitações que se faz é a de que o forte noticiário desfavorável à governadora do Maranhão tenha provocado uma percepção inesperada: a da “vitimização” da candidata.

Projeções esboçadas no Palácio do Planalto diriam que o fôlego de Roseana não é suficiente para ir mais longe, enquanto o ex-ministro da Saúde teria mais espaço para crescer. Acredita-se (ou diz-se acreditar) que o “fator Maranhão” seria uma âncora a proibir a evolução da governadora.

Na órbita do PFL, contudo, o que eles consideram “massacre” da mídia sobre Roseana só estaria funcionando a favor dela.

Leia a opinião do cientista político Bolívar Lamounier a respeito desse cenário.

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