Mico gordo

Boi Gordo: OAB-SP suspeita que associações infringem ética.

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8 de fevereiro de 2002, 10h30

O conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de São Paulo, Raul Haidar, deve encaminhar nesta sexta-feira (8/2), ao Tribunal de Ética da entidade representação contra o advogado Antônio Augusto de Souza Coelho.

A suspeita é a de que o profissional tenha aproveitado o desespero que se abateu entre os investidores do Grupo Boi Gordo para praticar atos vedados pelo Código de Ética da Advocacia, como a captação ilícita de clientela.

Souza Coelho foi quem criou a Associação dos Parceiros e Credores das Fazendas Reunidas Boi Gordo (APCBG), entidade que obteve, judicialmente, o arresto e seqüestro de bens de seis fazendas do Grupo, em Mato Grosso.

A presidente da APCBG, Cláudia Zelenkovas, secretária do escritório de Souza Coelho, fiel depositária do patrimônio arrestado, acusa seu patrão de ter desviado pagamentos feitos pelos credores associados para contas bancárias de seus familiares.

"O fato de a empresa ter prejudicado a vida de milhares de pessoas não autoriza um profissional da advocacia a se aproveitar da situação", afirma Raul Haidar. Quanto à eventual prática de atos como os que foram levantados por Cláudia, explica o conselheiro, "esses não podem ser objeto desta representação, uma vez que só os possíveis prejudicados podem reclamar".

A assessoria de imprensa da APCBG informou que, ainda nesta sexta-feira, a entidade deve divulgar nota para contestar as acusações feitas por sua presidente.

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