Crime em NY

Juíza condena artista plástico a 22 anos de prisão por assassinato

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6 de fevereiro de 2002, 16h45

O artista plástico e modelo Márcio Fonseca Scherer foi condenado a 22 anos de prisão e 12 dias-multa por latrocínio (roubo seguido de morte). Scherer assassinou o empresário João Alberto de Azevedo Sabóia, em 12 de março de 1999, numa suíte do Hotel Waldorf Astoria, em New York. A decisão é da juíza do Rio de Janeiro, Maria Elisa L. Montenegro.

A juíza havia determinado que Scherer cumprisse a pena imediatamente. Entretanto, o desembargador Paulo Cesar Salomão, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro concedeu liminar em habeas corpus, permitindo que o artista plástico recorra da sentença em liberdade.

O crime é considerado hediondo, segundo a Lei 8.012 (art. 1º, inciso II). Para arbitrar a pena, a juíza considerou a culpabilidade do réu que agiu com dolo intenso ao espancar Sabóia até a morte. A juíza também levou em consideração o motivo do crime (interesse exclusivamente patrimonial), suas circunstâncias (no interior de um renomado Hotel, em New York) e conseqüências. Na época, o crime envolvendo os dois brasileiros, em New York, foi amplamente divulgado pela imprensa.

De acordo com o processo, Scherer deixou o hotel e somente depois de 24 horas o corpo de Sabóia foi encontrado. No interrogatório, em 28 de maio de 1999, Scherer falou que a acusação de latrocínio era irreal e inconcebível.

Na denúncia oferecida pelo Ministério Público, em 24 de maio de 1999, o promotor Leônidas Filippone Farrulla Júnior ressaltou a extrema violência usada por Scherer.

De acordo com o MP, Scherer subtraiu aproximadamente U$$ 30 mil, um relógio Rolex, um anel de ouro com pedra de rubi, uma pesada corrente de ouro, um relógio Piaget, passaporte brasileiro, passagem aérea de retorno ao Brasil e uma bolsa de viagem com todos bens pertencentes a Sabóia.

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