Tráfico de animais

OAB reúne especialistas para debater tráfico de animais silvestres

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12 de abril de 2002, 19h52

A OAB paulista promoveu o 11º encontro – Fórum de debates – “Tráfico de animais silvestres” esta semana. O evento aconteceu, na sede da Seccional, onde foi discutida responsabilidade criminal de traficantes de animais silvestres da fauna brasileira.

Para o advogado ambientalista Roberto Frati, o encontro discutiu um problema grave existente na sociedade. “Nos locais distantes do interior do Brasil, para sobreviver, as pessoas recorrem, infelizmente, à caça predatória”, disse Frati.

Para o advogado, que é preservacionista, deve haver uma seqüência de ações para educar essas populações e lhes dar condições básicas para que a retirada de um animal silvestre do seu habitat seja evitada.

Ações como a que contou o diretor executivo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, em São Paulo, Wilson Almeida Lima. O diretor disse que estabeleceu uma cooperação com a Loja Maçônica de Ilha Comprida, litoral paulista. Na oportunidade, a entidade fornecia aos cidadãos do local, através do Ibama, uma cesta básica para que os mesmos cuidassem de papagaios cara-roxa da região.

Antes disso, os habitantes locais caçavam os papagaios para vender.

Outro palestrante foi o coronel João Leonardo Mele, comandante do policiamento ambiental do estado de São Paulo.

Segundo o coronel, a polícia ambiental de São Paulo desenvolve programas de orientação para as crianças, procurando despertar a consciência da preservação. “Nossa intenção é que a criança repreenda seu pai por ter um animal silvestre em casa”, disse.

Para Frati, antes da soltura é preciso se informar sobre as espécies nativas, exóticas e domésticas.

“Ao soltar um rouxinol do Japão, por exemplo, este não terá o alimento próprio e irá morrer. Para cada animal silvestre, mesmo que tenha sido obtido de forma ilícita, também deverá ganhar a liberdade nos locais próprios sob pena de morrer de fome”, afirmou.

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