Morte por envenenamento

Juiz classista morre e polícia desconfia de assassinato

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7 de março de 2001, 0h00

O presidente do Sindicato dos Ferroviários do Estado de São Paulo e juiz classista, José Mendes Botelho, morreu na madrugada desta quarta-feira (7/2). Ele seria um dos seis últimos juizes do Tribunal Regional do Trabalho que sairia em 2002 devido à extinção da carreira. A causa da morte ainda está sendo apurada, mas a polícia suspeita de envenenamento proposital.

Das 64 vagas existentes para juízes do TRT de São Paulo, apenas 42 estavam ocupadas. Com a morte do juiz classista, que ocupava a vaga pelos empregados, um representante dos empregadores terá que sair devido à regulamentação de paridade. Assim, o TRT fica com 40 juízes.

Segundo testemunhas, Botelho começou a se sentir muito mal depois de ter tomado água. Ele foi levado para o Pronto Socorro Santa Isabel, entrou em coma e morreu. O presidente já teria sido vítima de outros três atentados.

Botelho estava na presidência do Sindicato dos Ferroviários desde 1982. Foi vereador do município de Santo André, deputado federal pelo PTB, entre os anos de 86 e 90, e reeleito para o cargo, onde ficou até 1994.

Revista Consultor Jurídico, 7 de março de 2001.

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