Confusão no mar

Tripulação de navio luxuoso é reincidente em confusão no carnaval

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1 de março de 2001, 0h00

A Tripulação do luxuoso transatlântico Rhapsody teve que presenciar um carnaval que terminou em confusão. Três estudantes paulistas foram agredidos por quatro seguranças. Mas esta não é a primeira vez que ocorre problema em um cruzeiro marítimo de carnaval no navio.

Em maio de 1998, o advogado Renato Opice Blum já impetrava ação na 28.ª Vara Cível Central de São Paulo, em nome de seis passageiros, contra a empresa responsável pelo navio.

No último dia de cruzeiro realizado neste navio, no carnaval de 98, Victor Veronezzi, economista e ex-vereador, Paulo Carvalho, administrador de empresas e Tony Frereira, economista, que dividiam a cabine n.º 3.068, foram retirados à força e trancafiados em uma sala, acusados de ter danificado alguns objetos. Apesar de negarem o ocorrido, eles ficaram presos por 45 minutos, sofrendo constrangimentos, ameaças e humilhações.

Preocupados com as notícias que circulavam, os irmãos Maurício Pinto Martins, professor de educação física, Marcelo, estudante de educação física, e Haydee, desenhista industrial, foram verificar o que havia ocorrido com os três amigos e também foram trancafiados e submetidos ao mesmo tipo de tratamento.

Depois que a autoria dos “tais danos” foi descoberta e com a presença de advogados, os seis foram liberados. Mas, a confusão que envolveu os seis passageiros ainda não havia terminado. Duas horas após o incidente, quando foram recolher a bagagem, os seis passageiros foram, mais uma vez, acusados injustamente e submetidos a um vexame público.

Além disso, tiveram as bagagens retidas, durante horas, pela tripulação do navio. O processo n.º 968/98, impetrado pelo advogado Renato Opice Blum, aguarda apenas a última audiência, designada para o dia 26 de junho deste ano.

Segundo Renato Opice Blum, as testemunhas ouvidas em audiência confirmaram os fatos narrados na petição inicial. “Acredito que fatos como este ocorram porque as tripulações não são bem preparadas”, adverte o advogado.

Fonte: O Estado de São Paulo

Revista Consultor Jurídico, 1º de março de 2001.

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