Coluna do Rio

União é condenada a pagar R$ 100 mil para fotógrafa agredida

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15 de maio de 2001, 0h00

A juíza da 23ª Vara Federal do Rio, Cláudia Bastos, condenou a União a indenizar a fotógrafa, Sheila Chagas, em R$ 100 mil por danos morais. Ela foi agredida por soldados da Polícia do Exército, na festa de ano novo em Copacabana, em 1999. Na ocasião, estava presente Fernando Henrique Cardoso.

Sheila, que trabalhava como free-lance para o grupo Abril, foi presa e agredida por ter fotografado o jornalista Fernando Bezerra, do Jornal do Brasil, sendo espancado por soldados do Exército.

Para pedir a indenização, seu advogado, Jorge Béja, recorreu à Lei 9.140/95, que fixou o valor de R$ 100 mil por danos morais às vítimas do regime militar.

Unindo forças

Cerca de 60 magistrados titulares de juizados especiais no Estado do Rio decidiram juntar suas forças em favor do projeto de lei da deputada Jandira Feghali (PPS/RJ). O projeto prevê o afastamento de casa do cônjuge que agredir a companheira. Motivo: 80% dos processos nesses tribunais envolvem agressões no lar.

Guerra por leitores

A disputa por leitores está deixando os jornais diários vulneráveis em relação ao público mais exigente. Para engordar o faturamento aos domingos, os jornais do Rio e de São Paulo, principalmente, começam a circular sábado à tarde.

A operação de guerra, que piora a qualidade do produto e transforma os jornais em revistas, provoca dois efeitos colaterais: um positivo e o outro negativo. O positivo é o aumento da circulação dominical que o torna o veículo mais atraente a inserções publicitárias. O negativo é que está matando lentamente os jornais de sábado.

Aos poucos as agências estão negociando melhores preços nas edições do último dia da semana. A alegação é que o tempo de exposição do material é o mesmo, mas o interesse do leitor pelo jornal de sábado é menor.

A tendência do público é pelo produto mais recente. Só não está levando desvantagem até agora os veículos que têm grande volume de assinaturas. Mesmo assim, algumas agências de publicidade dizem que até estes sofrerão as conseqüências dessa deformação quase universal de fazer com que os jornais de domingo circulem com quase 24 horas de antecedência.

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