Venda ilegal de armas

Justiça argentina decreta prisão preventiva de Carlos Menem

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7 de junho de 2001, 0h00

A Justiça argentina decretou a prisão preventiva do ex-presidente Carlos Menem nesta quinta-feira (7/6). O motivo foi o processo de venda ilegal de armas ao Equador e Croácia. Pela primeira vez na história da Argentina, um ex-presidente constitucional fica preso durante um governo democrático. Como tem mais de 70 anos de idade, ainda não se sabe se ele ficará em prisão domiciliar ou será levado a uma prisão normal.

O ex-presidente foi detido depois de se apresentar, às 9 horas, para depor ao juiz federal Jorge Urso e o fiscal Carlos Stornelli, que o investigam como possível chefe de um grupo de funcionários públicos que traficou armas da estatal Fabricaciones Militares. Segundo o juiz, Menem era um dos líderes do contrabando de 6.500 toneladas de armas que foram vendidas por 100 milhões de dólares.

Menem assinou entre 1991 e 1995, junto com outros quatro ministros, três decretos que autorizavam vendas de armas ao Panamá e Venezuela, mas elas foram desviadas para o Equador e Croácia.

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