Regras quebradas

Um dos líderes do PCC é assassinado em São Paulo

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27 de julho de 2001, 17h18

Um dos principais líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital), Idemir Carlos Ambrósio, o Sombra, foi assassinado na manhã desta sexta-feira por detentos na Casa de Custódia de Taubaté. O delegado Juarez Toti, responsável pelo caso, afirma que Sombra foi espancado antes da morte. Um dos suspeitos do crime é o próprio PCC.

O corpo de Sombra, 41 anos, foi encontrado estendido no chão, com uma corda no pescoço e diversos ferimentos na cabeça. Seis presos foram autuados em flagrante pelo assassinato. Seus nomes foram divulgados pela Secretaria da Administração Penitenciária. São eles: Vinicius Brasil Nascimento; Luciano Fernandes da Silva; Carlos Magno Vito Alvarenga; Wilson Vitor Huchek, Fernando José Januário e Alex Aparecido Olimpia.

Segundo a secretaria, todos eles estiveram ligados à mega rebelião de fevereiro, quando 29 presídios no Estado se amotinaram. Sombra foi um dos líderes desse movimento.

O crime de hoje, em Taubaté (130 km de SP), ocorreu entre as 7h30 e 8h30, durante o banho de sol. Sombra morreu supostamente após ser “condenado” pela sua própria facção, depois cometer faltas graves ao regulamento da “irmandade”.

Entre as faltas de Sombra estaria: a permissão que presos e suas famílias fossem extorquidos por outros presos; que rebeliões fossem feitas aos domingos, quando há mulheres e crianças nos pátios das penitenciárias; por fim, uma falta “imperdoável” para os “princípios” do PCC: matar inimigos (e cortar suas cabeças) diante de visitas. Essas informações estão sendo apuradas pela polícia e Secretaria da Administração Penitenciária.

Há outros membros do PCC jurados de morte – não só na Casa de Custódia de Taubaté, mas em várias prisões no Estado de São Paulo. Além do próprio PCC, alguns detentos são jurados de morte por outras facções, como a Seita Satânica.

Fonte: Folha Online

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