Voto eletrônico

Jobim suspende pedido de perícia de urna eletrônica na Unicamp

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1 de julho de 2001, 0h00

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Nelson Jobim, pediu à direção da Unicamp para desconsiderar o pedido de perícia do sistema eleitoral feito anteriormente pelo senador Roberto Requião, em nome da Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

O motivo alegado por Jobim é que o próprio TSE pretende encaminhar o pedido em conjunto com o Congresso. Com isto, a equipe da Unicamp encarregada da tarefa ficou paralisada, aguardando uma definição sobre como prosseguir.

“Como o senador Requião está em viagem oficial no exterior, não consegui falar com ele ainda a respeito deste novo desdobramento”, explica o especialista Amílcar Brunazo Filho, um dos maiores críticos das brechas do voto eletrônico.

No discurso de encerramento do semestre, no TSE, Jobim afirmou que quer discutir, em julho e agosto, a questão da segurança da urna eletrônica. “Vamos solicitar análise externa de todo o processo de votação eletrônica para saber os mecanismos de segurança e confiabilidade do sistema”.

O presidente do TSE afirmou que tem ouvido manifestações contrárias à implantação do voto eletrônico, “grande parte delas de boa fé”.

O Tribunal, segundo Jobim, demonstrará sua condição de gerir uma eleição com confiabilidade e caminhará sempre no sentido de criar condições de otimização do processo eleitoral brasileiro, “já que, com o sistema eletrônico de votação, se obteve algo de importante, que é a verdade eleitoral, quer no ato de votar, quer no ato de apurar”.

Exercitando sua veia poética Jobim afirmou que “os adjetivos podem vir, mas que se separem os adjetivos e os advérbios de modo, para que fiquemos com o substantivo. E o Tribunal quer decidir substantivos, não propriamente adjetivos, nem advérbios de modo. Vamos reduzir, digamos, a liturgia da adverbiação para caminharmos para o compromisso da substantivação”, concluiu.

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