Coluna do Rio

Autor de livro que inspirou 'Bicho de 7 cabeças' perde ação na Justiça

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2 de agosto de 2001, 19h24

O autor do livro em que foi inspirado o filme “Bicho de sete cabeças”, Autregésilo Carrano, foi derrotado na Justiça. Ele moveu ação de indenização por danos morais contra seu antigo psiquiatra, Alô Guimarães, que se tornou personagem da obra.

Carrano exigia indenização por ter sido internado pelo psiquiatra em uma clínica para loucos. Em entrevista recente, o autor da obra que inspirou o filme contou que foi internado em um manicômio depois que o pai encontrou uma trouxinha de maconha em seus pertences.

Proposta milionária

O escritório de advocacia que presta assistência à família Moreira Salles ofereceu 10 milhões de dólares a José Roberto Pacheco. Ele quer provar na Justiça que tem os mesmos direitos dos herdeiros do falecido Walter Moreira Salles. Comenta-se no Fórum que a oferta foi recusada.

Fim da matança

Um dos diagnósticos mais óbvios sobre a violência no Rio mostra que a absoluta ausência do Poder Público nas favelas é a principal responsável pelo aumento da criminalidade. Um exemplo disso é a experiência vivida por moradores no Morro do Pavão (Pavãozinho) – Copacabana – onde vivem 15 mil pessoas.

De janeiro a agosto de 2000, constantes tiroteios entre traficantes, embates com a polícia e balas perdidas deixaram 10 mortos. A partir de agosto do ano passado, a PM, em parceria com o Viva Rio, deu início a uma experiência inédita no morro. Foi criado o destacamento de policiamento comunitário em favelas. Resultado: desde que 100 policiais passaram a transitar diariamente pela favela, nenhum homicídio foi registrado.

A iniciativa tem sido criticada porque não conseguiu arrancar os traficantes do morro. O clamor procede. Mas o simples fim da matança já é um avanço.

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