Poço sem fundo

Documento prova que Nicolau tinha empresa no exterior

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21 de abril de 2001, 0h00

O juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto sempre negou, em depoimentos à Justiça, que tivesse contas no exterior. No entanto, a equipe do governo encarregada de localizar e recuperar os R$ 169 milhões desviados das obras superfaturadas do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo descobriu pelo menos cinco empresas de Nicolau fora do país, que serviam de fachada para a movimentação do dinheiro.

Segundo o governo, documentos provam que Nicolau e sua esposa, Maria da Glória, eram donos da empresa Ontario Finantial, aberta nas Bahamas, a primeira usada para lavar dinheiro do TRT. Pelo menos R$ 5 milhões teriam passado pela conta da empresa no banco Sun Trust em Miami, Estados Unidos. O problema é que a Ontario fechou e o dinheiro sumiu, como aconteceu com quase todas as contas do juiz localizadas nos seis meses de investigação.

Hoje a equipe do governo investiga 18 bancos e 14 pessoas jurídicas nos Estados Unidos e também procura dinheiro enviado a outros países para tentar bloquear a quantias e repatriá-las ao Brasil.

Fonte: Época On Line

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