Guerra de Buritis

Sem-terras anunciam que vão abandonar acampamento em Buritis

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20 de setembro de 2000, 0h00

A guerra de Buritis pode estar no fim. Diante da informação prestada pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) de que o governo estuda a criação de uma nova linha de crédito rural para os 110 mil agricultores assentados no país.

“Vamos dar um voto de confiança à Igreja”, anunciou o coordenador e líder dos sem-terra, Lucídio Ravanello, ao decidir recuar levando os trabalhadores rurais para a frente da Prefeitura de Buritis, na área central da cidade, e a 70 quilômetros dali. Parte do grupo, já em menor número, continuará acampado até a desmobilização completa do protesto, segundo o site www.ig.com.br.

Na tarde desta quarta-feira, os sem-terra acampados diante da fazenda Córrego da Ponte foram informados que, se invadissem a propriedade, seriam retirados pela polícia e punidos com multa de R$ 500 por dia.

A justiça de Buritis proibiu a invasão e oficiais de justiça notificaram a decisão aos agricultores. Os oficiais de justiça foram vaiados e aconselhados por líderes do MST a deixar o local rapidamente.

Ao ser informado da decisão judicial, o diretor-geral do MST, Valmir de Oliveira, disse que o movimento iria ignorar a notificação até que suas reivindicações fossem atendidas.

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