STJ interpela Itamar Franco por ofensas a general
13 de setembro de 2000, 0h00
O governador de Minas Gerais, Itamar Franco, acusado de praticar crimes de difamação e injúria, previstos nos artigos 21 e 22 da Lei de Imprensa, deverá receber uma carta de ordem da Justiça Federal estadual para que responda às acusações, se quiser.
Foi o que determinou o ministro Fontes de Alencar do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao acolher uma representação, formulada pela subprocuradora-geral da República, Yedda de Lourdes Pereira.
Segundo o documento, encaminhado no final de agosto, o governador ofendeu uma autoridade no exercício da sua função pública.
A conduta delituosa teria ocorrido em julho passado quando houve rumores sobre uma possível invasão de uma fazenda do presidente Fernando Henrique Cardoso, localizada em Buritis (MG).
Durante uma entrevista coletiva, o governador teria criticado a atuação do general Alberto Mendes Cardoso, responsável pelas tropas do exército utilizadas na proteção da fazenda do presidente.
Itamar teria afirmado que o general, que é o ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional, “agiu com má-fé”, “faltou com a verdade” e era um “mentiroso”.
O despacho do ministro Fontes de Alencar, fixa o prazo de quinze dias, contados do recebimento da notificação, para que o governador mineiro manifeste-se.
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