Lei Pixinguinha

Lei de nº 10.000 homenageia Pixinguinha e cria o dia do choro

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8 de setembro de 2000, 0h00

O Palácio do Planalto reservou a numeração da Lei 10.000 para a criação do “Dia do Choro”, a ser comemorado todo dia 23 de abril, data de nascimento de Alfredo da Rocha Viana Júnior, o Pixinguinha.

A lei foi sancionada dia 4 de setembro e publicada no Diário Oficial no dia seguinte, com as assinaturas do presidente e dos ministros da Justiça e da Cultura.

Nascido no Rio de Janeiro, em 1897, o grande artista brasileiro teve o apelido Pixinguinha gerado pela junção de dois outros apelidos: Pizindim (pequeno bom) e bixiguinha (por ter tido a doença).

Era o décimo-quarto filho de uma família musical. Seu pai era músico e vários de seus irmãos também. Ainda novo começou a acompanhar seu pai, flautista, em bailes e festas, tocando cavaquinho. Aos 12 anos fez a sua primeira obra, o choro “Lata de Leite” que foi inspirado nos chorões, músicos boêmios que depois de noitadas regadas a bebidas e música, tinham o hábito de tomar o leite alheio que ficava nas portas das casas… Aos treze, passou a estudar o bombardino e a flauta. Aos 17 grava as suas primeiras composições: “Rosa” e “Sofres Porque Queres”. Em 1922, vai para o exterior com o grupo “Os Oito Batutas” e estende para seis meses sua turnê, marcada para durar somente um mês. Conhece a fama internacional.

Até esse ponto, pode-se pensar que é um caminho natural de um músico aplicado. Mas Pixinguinha não foi somente um músico capaz. É reconhecido até hoje como um exímio flautista, talvez o maior que o país já teve, foi maestro, arranjador e intérprete. O primeiro maestro-arranjador a ser contratado em uma época que a maioria dos músicos era amadora.

Misturou a sua formação erudita basicamente européia com os ritmos negros brasileiros e a música negra norte-americana. Deu uma guinada no som do Brasil!! Trouxe um tempero, um sotaque nacional, marcou com classe e com estilo a nossa música.

Sua história se mistura com a própria história do rádio e da música nacional. É o grande mestre entre todos os outros grandes mestres que o Brasil já teve. Não é possível pensar em música nacional sem se curvar diante deste músico maravilhoso que morreu em 1973.

O consolo que resta é saber que existem várias composições ainda inéditas, ainda pedindo para serem mostradas. Que seja feita esta vontade…que se mostre Pixinguinha…porque Pixinguinha é atemporal…..

Dados biográficos extraídos do site MPBnet

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