Vasp: CVM pune Canhedo.

CVM considera ilegal manobra da Vasp e pune Wagner Canhedo

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26 de outubro de 2000, 13h02

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) considerou “ilegal” a manobra acionária em que o empresário Wagner Canhedo incorporou a Brata (Brasília Táxi Aéreo) e o Hotel Nacional de Brasília ao patrimônio da Vasp.

Os conselheiros decidiram, por unanimidade, vedar a incorporação das empresas, além de aplicar sanções à empresa e ao seu controlador.

Com a manobra, Canhedo havia baixado a participação acionária do Estado de São Paulo na Vasp de quase 40% para 4,3%, impedindo que seu maior sócio tivesse assento no Conselho de Administração ou indicasse diretores.

Canhedo, como pessoa física, pagará a multa máxima: R$ 100 mil. Também foram condenados os diretores Haroldo de Castro, Alcides Barroso, José Fernando Martins Ribeiro, César Antônio Azevedo Canhedo e o advogado Ivan D’ Apremont Lima.

Na prática, o Estado de São Paulo volta a ser o dono de quase 40% da Vasp, influindo em suas decisões estratégicas, com assento no Conselho e podendo indicar diretores executivos.

A CVM decidiu por provocação do Ministério Público e da Fazenda paulista. Canhedo foi defendido pelo advogado Arnold Wald, ex-presidente da própria CVM.

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