Transferência de ações

CVM poderá intervir se CSN transferir ações para Steimbruck

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22 de novembro de 2000, 23h00

A Comissão de Valores Imobiliários será acionada, mesmo a contragosto, para impedir que a Companhia Vale do Rio Doce transfira para o empresário Benjamim Steimbruck as ações que a Companhia Siderúrgica Nacional tem em seu poder.

Em círculos financeiros os comentários são de que a operação, às vésperas de ser consumada, pode ter Eduardo Jorge Caldas Pereira como inspirador. A venda das ações deve ser financiada pelo BNDES.

Um empresário interessado na disputa das ações da CSN promete cobrar da CVM pronunciamento sobre o caso. Alega que as ações de propriedade da Vale do Rio Doce só poderiam ser vendidas em leilão ou na Bolsa de Valores. “Do contrário é fraude” afirma.

Segundo o relato do empresário, chegou a seu conhecimento que Eduardo Jorge estaria participando da operação, que deve contar com financiamento do BNDES.

O empresário não fornece, porém, nenhum indício de prova que implique efetivamente o antigo secretário-geral da Presidência da República, Eduardo Jorge.

Ele foi acusado de participar em uma série de irregularidades envolvendo Fundos de Pensão que contribuíram para Steimbruck ter algumas de suas posições acionárias em grandes grupos empresariais.

Nesse caso, o empresário, que preferiu não se identificar, afirmou que “tanto quanto a CVM, o BNDES não pode investir recursos de fomento em operações privadas irregulares. Se a operação se consumar, o governo se verá diante de um novo escândalo”.

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