CPI do futebol

Polícia Federal participará de investigações da CPI

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13 de novembro de 2000, 23h00

A Polícia Federal entrará nas investigações da CPI do futebol. Caberá aos delegados e agentes da PF identificar e recolher documentos referentes à casa localizada na Barra da Tijuca (RJ) que a estudante de Direito, Renata Alves, chamou de “embaixada”.

Lá, segundo ela, seriam feitas negociatas de compra e venda de jogadores. Os delegados deverão também tomar uma série de depoimentos, a pedido da CPI.

Segundo Renata Alves, seu ex-amante e patrão, o ex-técnico da seleção brasileira, Wanderley Luxemburgo, reunia-se na casa com empresários, dirigentes de clubes, doleiros e integrantes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Nesses encontros seriam decididas as comissões sobre as vendas de jogadores convocados para a seleção brasileira.

Os delegados da PF deverão ouvir os supostos proprietários da “embaixada”, Manoel Domingos e Jorge Rodrigues. Também serão tomados depoimentos dos empresários Giuliano Bertolucci, Wadih Cury, Juan Figger, Marcel Figger, Joseph Hung, Léo Rabello, Gilmar Rinaldi, Pedro Luiz Vicençote, Luis Vianna, Eduardo Sakamoto, José Carlos Santiago de Andrade e Sérgio Malucelly. Todos os nomes foram citados pela ex-namorada de Luxemburgo, como participantes das reuniões na embaixada.

A CPI determinou também que os presidentes dos tribunais de Justiça do Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo façam um levantamento sobre procurações em que Luxemburgo ou Renata figurem como outorgantes ou outorgados.

Ao TJ-RJ também será pedido um levantamento dos imóveis que pertencem ou pertenceram aos dois. Ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a CPI pediu a relação de veículos que foram ou estão registrados em nome de Renata.

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