Montadoras entram na Justiça contra greve de metalúrgicos em SP
12 de novembro de 2000, 23h00
Montadoras e metalúrgicos reúnem-se nesta segunda-feira (13/11), às 17h, para uma tentativa de conciliação que interrompa a greve dos trabalhadores.
A audiência foi marcada pelo TRT paulista a quem foi apresentado às 13h10 um pedido de dissídio coletivo.
É a primeira vez que isso acontece, nos últimos 24 anos.
O pedido foi apresentado pelo Sinfavea (Sindicato Nacional da Indústria de Tratores, Caminhões, Automóveis e Veículos Similares). A ação é suscitada contra a Federação dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas do Estado de São Paulo e outras 53 entidades sindicais.
O objetivo é interromper a greve iniciada hoje e que envolve cerca de 60 mil trabalhadores ligados a sindicatos filiados à Central Única dos Trabalhadores. Estima-se que, durante a paralisação, pelo menos 4 mil veículos deixarão de ser produzidos, diariamente.
Os trabalhadores querem 20% de aumento real mais reajuste e o limite de 40 horas de jornada semanal de trabalho.
O pedido do sindicato patronal vai agora para o vice-presidente judicial do TRT, Argemiro Gomes, que convocará as partes em busca da conciliação. Caso não se chegue a um acordo, o que é bastante provável, o dissídio será decidido, então, pela Seção Especializada de Dissídios do Tribunal.
A Especializada é composta por dez juízes e tem na sua presidência a juíza Maria Aparecida Pellegrina. Ao colegiado caberá julgar a greve e as normas coletivas da categoria – o reajuste e as chamadas cláusulas sociais reivindicadas.
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