Caso explosivo

Acusado de explodir bomba no avião da Tam será interrogado

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5 de maio de 2000, 0h00

O professor Leonardo Teodoro de Castro, acusado de ter explodido uma bomba dentro do Fokker 100 da TAM que fazia o trajeto São José dos Campos-São Paulo, em julho de 1997, vai ser interrogado pelo juiz Casem Mazloum, da 1ª Vara Criminal Federal, em 22 de agosto, às 14h.

No acidente, o engenheiro Fernando Caldeira de Moura morreu e outras pessoas foram levemente feridas. O professor responde por homicídio qualificado com emprego de explosivos.

Castro também é acusado de 50 tentativas de homicídio qualificado com emprego de explosivos (contra 50 passageiros que estavam no avião) e tentativa de homicídio qualificado praticado contra menores de 14 anos oito vezes (ou seja, contra 8 vítimas). No caso dos menores, o Código Penal considera a situação agravante em razão da idade das vítimas.

A denúncia contra o professor foi recebida pela Justiça Federal em julho de 1998. Os exames de sanidade mental, realizados pelo Imesc (Instituto de Medicina Social e Criminologia de São Paulo) apontavam que Castro é imputável, ou seja, pode responder criminalmente por seus atos.

Mas a defesa do professor questionou a validade dos exames apresentados e o processo ficou suspenso até abril deste ano, quando o laudo do Imesc foi considerado válido. Agora, o processo passa a correr normalmente porque inimputabilidade de Castro foi descartada.

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