A indústria do direito

Brasil pode ter um dos maiores escritórios de advocacia do mundo

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4 de junho de 2000, 0h00

A notícia sobre a possível fusão de três dos maiores escritórios de advocacia do país, sacudiu o mercado na sexta-feira (2/6). A informação – de que as negociações entre as firmas Machado, Meyer, Sendacz e Opice; Demarest e Almeida e Tozzini, Freire, Teixeira e Silva encontram-se em estágio avançado – foi dada pela jornalista Silvana Quaglio no jornal Valor.

Os escritórios, até o final do dia, não haviam confirmado, oficialmente, a notícia publicada.

Caso a operação se concretize, a nova corporação assumiria a condição de maior firma do hemisfério e passaria a figurar entre as maiores forças do planeta, com mais de 500 advogados em seus quadros. Unidos, os escritórios poderiam reduzir custos, aumentar sua presença no Brasil e em outros países e atender melhor seus respectivos clientes.

As três forças são também complementares em suas principais áreas de atuação (financeira, trabalhista, societária e tributária), mas as dificuldades para uma empreitada dessa dimensão não são pequenas.

Nos casos de eventuais interesses conflitantes entre clientes, seria preciso optar por um por outro. Seria necessário contornar também a delicada questão de quem emprestaria o nome e quem se contentaria com o sobrenome da nova sociedade.

Nos últimos meses, as três firmas têm incorporado novos profissionais às suas fileiras. Sabe-se também que dois dos escritórios, o Demarest Almeida e Machado Meyer vinham examinando a possibilidade de uma intersecção há meses. Mas nada se sabia do possível envolvimento da Tozzini, que é conhecido por um perfil bastante próprio.

A notícia da possível fusão pegou o mundo da advocacia de surpresa. A novidade que se aguardava era a da fusão do escritório de Alexandre Thiollier e de Fernando Pinheiro com o escritório que representa no Brasil o interesse da Arthur Andersen.

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