Depoimento de Naya é evasivo

Naya: Primeiro depoimento é evasivo.

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6 de janeiro de 2000, 23h00

O primeiro depoimento do ex-deputado federal e empresário Sérgio Naya, prestado na 33ª Vara Criminal da Justiça do Rio de Janeiro, durou pouco mais de uma hora. Naya é acusado de homicídio doloso pelo desabamento do edifício Palace II, onde morreram oito pessoas em fevereiro de 1998.

Durante todo o tempo o empresário negou conhecer os problemas de estrutura do Palace II e disse que a construção foi comandada pelo engenheiro Sérgio Murilo Domingues. O ex-deputado é dono da construtora Sersan, responsável pelas obras do prédio.

Sérgio Naya declarou que esteve no máximo três vezes no local. Segundo o empresário, ele era informado do andamento do serviço por telefone ou por fax e negou ter conhecimento de eventuais testes de resistência de concreto do prédio.

O advogado Nilo Batista entrou com pedido de revogação da prisão preventiva do deputado cassado. O pedido será enviado ao Ministério Público, que tem cinco dias para dar parecer sobre o caso. Depois, o juiz titular da 33ª Vara decidirá se ele continua preso ou não.

Na saída do fórum, o carro que conduzia Naya bateu na traseira de um ônibus. Os ocupantes nada sofreram.

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