Sigilo bancário

Presidente da CPI do Futebol critica liminares do STF

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27 de dezembro de 2000, 23h00

O presidente da CPI do Futebol, senador Álvaro Dias, criticou as liminares concedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que suspenderam as quebras de sigilo bancário do diretor do Ibope Carlos Augusto Montenegro, ex-presidente do Botafogo, e de Edmundo dos Santos Silva, presidente do Flamengo.

Dias afirmou que o pedido de quebra de sigilo dos dois é motivado pela suspeita de crimes contra a ordem tributária e sistema financeiro.

O senador disse que tornará público o motivo da quebra de sigilo bancário toda vez que um dos atingidos recorrer ao Judiciário.

Segundo o presidente, a CPI está sofrendo pressões de dirigentes interessados em atrapalhar os trabalhos da comissão.

De acordo com o senador, existe um processo no Banco Central destinado a apurar evasão de divisas no Botafogo, durante a gestão de Montenegro.

Ele disse que o ex-dirigente contabilizou a entrada de R$ 3,3 milhões com a venda de jogadores como Sérgio Manoel, Flávio Rego, Marcos Marvila, Júlio César, Beto, Donizetti e Narciso. Segundo o senador, somente o jogador Beto foi vendido por R$ 3,8 milhões.

O presidente afirmou que Montenegro não conseguiu sequer ter as contas aprovadas pelo Conselho Fiscal do Botafogo.

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