ACM X AMB

AMB responde às críticas de ACM

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29 de setembro de 1999, 0h00

Os magistrados brasileiros decidem nesta quinta-feira (30/9) se irão entrar em greve, durante assembléia realizada no Congresso Nacional promovido pela Associação Brasileira dos Magistrados (AMB).

Os juízes reivindicam fixação do teto salarial do funcionalismo público. O assunto fez com que o senador Antonio Carlos Magalhães e o presidente da AMB Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho trocassem farpas.

O senador é contra a fixação do teto em R$ 12.720,00 – que corresponde ao maior salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal que também atua no Tribunal Superior do Trabalho. ACM declarou que é contra um projeto que reajusta apenas os salários dos juízes.

Em resposta, Carvalho afirmou que “o senador esqueceu-se de dar a mesma declaração quando outras 120 categorias de funcionários tiveram reajustes”. O presidente da AMB ainda contestou a versão de que o Poder Judiciário teria inviabilizado a fixação do teto salarial único ao insistir no valor pedido.

Para Carvalho, esta versão é uma manipulação dos fatos que tem o objetivo de gerar repercussão negativa. “Querem atribuir ao Judiciário a responsabilidade por um fato que nasceu no Executivo e no Legislativo”, afirmou.

Em relação a greve, o presidente da entidade disse que “a AMB nunca defendeu a idéia da greve, mas também não pode aceitar a impossibilidade de sequer discutir esse recurso”. Ele também afirmou que sabe da existência de adversários da magistratura que querem empurrar os juizes para a greve.

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