A humanização da justiça

Equipes multiprofissionais desenvolvem a Psicologia Jurídica

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29 de julho de 1997, 0h00

Tradicionalmente, a prestação de justiça à população é exercida de forma eminentemente técnica: os operadores do Direito – advogados, promotores e juízes – examinam o processo à luz da lei. Mas ganha corpo, em todo o mundo, um novo conhecimento, que mudará – para melhor, se espera – a capacidade de julgamento dos seres humanos: a Psicologia Jurídica.

Já aceita em alguns meios judiciários e acadêmicos como “a ciência do novo século”, a Psicologia Jurídica traz para as salas de audiência e julgamento o elemento humano, como complemento ao tecnicismo jurídico. A ciência busca contribuições da Psicologia, bem como da Sociologia, da Assistência Social, da Medicina, da Psiquiatria e outras áreas do conhecimento, para a humanização do Direito. Só assim se poderá promover a justiça social.

A “Associação Ibero-americana de Psicologia Jurídica” concentra os movimentos em torno dessa ciência em doze países – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Espanha, Estados Unidos, México, Paraguai, Portugal, Uruguai e Venezuela. Criada há mais de cinco anos, só em agosto deste ano a Associação instalará a sua subsede no país.

O “Encontro Ibero-americano de Psicologia Jurídica”, que se realizou em São Paulo de 11 e 12 de julho, precedeu a instalação da subsede brasileira da Associação e foi um evento de grande importância para todos os profissionais que, de alguma forma, podem dar uma contribuição à prestação de justiça à população. O encontro também foi preparatório para o “III Congresso Ibero-americano de Psicologia Jurídica”, que será realizado no Brasil, com a participação de todos os países membros.

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